A captação da notícia, que, até pouco tempo atrás, era quase sempre limitada a uma das mídias (impresso, televisão, rádio ou on-line), vem se tornando uma atividade muito mais complexa e que tende a embaralhar as fronteiras entre os diferentes formatos jornalísticos e as fontes de notícias.
A figura do repórter multimídia vem acompanhada de pessoas que nunca estudaram para serem jornalistas e, no entanto, também são produtores de notícia: o repórter-cidadão.
A miniaturização dos equipamentos de apuração é grande aliada. Além das habilidades, ainda que amadoras, de armazenar as informações em dispositivos de áudio, vídeo, foto e texto. Outro instrumento que funciona para disseminar as notícias são os blogs. Hoje, qualquer pessoa pode se tornar fonte de notícias.
Pollyana Ferrari, jornalista e professora de webjornalismo, acredita ser importante que o “cidadão-repórter” tenha sua atividade profissional, até mesmo para ter propriedade para abordar um assunto de seu pleno domínio em uma reportagem. “É aquela história de médicos escrevendo sobre um novo tratamento para o câncer, professores falando de educação, arquitetos comentando questões de urbanismo… além, é claro, de todos transformando seu cotidiano
Ainda assim, a professora não encara a participação dos cidadãos produzindo notícias como uma ameaça aos jornalistas. “O papel do Jornalista, o editor da notícia, continua o mesmo e vai continuar. Não vejo esta ameaça, que apavora centenas de colegas”, diz.
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