quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Notícias musicais

Artistas alemães se apresentam de graça em São Paulo

Vai acontecer no próximo final de semana, dias 24, 25 e 26, em São Paulo, o mini-festival "Blind Date Berlin" que vai levar ao espaço Serralheria, grandes nomes da música e das artes visuais da Alemanha.

Esse festival teve a primeira edição em 2007, quando o alemão Jim Avigon levou artistas berlinenses para Nova York. Para comprovar o sucesso da idéia, o "Blind Date Berlin" chega a São Paulo tendo como destaque os músicos Jessie Evans e Kissogram e os DJs Tomash e Shir Khan, nomes conhecidos na música underground em Berlim.


As artes visuais também terão destaque, ganhando exposições e live painting com vários artistas alemães. Dois artistas brasileiros foram convidados para participar do evento e farão uma produção conjunta com os artistas alemães.




Cansei de Ser Sexy de volta pra casa

Depois do sucesso em quase todos os cantos do mundo o sexteto Cansei de Ser Sexy ou, simplesmente, CSS, está de volta ao Brasil. A vocalista Loveffox e sua banda voltam, depois de três anos radicados em Londres.

E, para a alegria dos fãs brasileiros, o grupo deseja se apresentar em uma turnê por todo o país. A banda afirma que é difícil excursionar pelo país, já que a estrutura principal dos shows, cenários e equipamentos, fica em Londres. Assim sendo, é caro e trabalhoso fazer um grande show no Brasil.


Destaque na música indie-eletrorock, o Cansei de Ser Sexy já vem preparando um novo CD. O álbum, ainda sem data de lançamento, vem dar sequência ao bem sucedido “Donkey”, lançado em 2008 e responsável por projetar a carreira do CSS em todo o mundo.



Feist só lança disco novo em 2011

Os fãs da cantora canadense Feist terão que esperar mais um pouco para conhecer seu novo CD. Ela anunciou, recentemente, que já vem trabalhando em novas composições com o músico Chilly Gonzales, mas o disco de inéditas só deve ficar pronto no ano que vem.

A novidade fica por conta de um filme lançado pela cantora. "Look At What The Light Did Now" foi filmado durante as gravações e a turnê do álbum The Reminder, que vendeu mais de um milhão de cópias em 2007, época do lançamento.

O filme mostra o papel dos "amplificadores", como Feist chama seus colaboradores, dentre eles Kevin Drew e Jamie Lidel, que ajudaram na produção do CD. Dirigido por Anthony Seck,
"Look At What The Light Did Now" só estréia no dia 29 de setembro no festival Pop Montreal, em Quebec, mas o trailer já está disponível no site oficial da cantora.


Extravagante sim, mas de muito bom gosto!

Uma breve resenha sobre o novo disco de Sílvia Machete

Ousado e extravagante. O novo CD da carioca Sílvia Machete, Extravaganza, poderia, facilmente, ser apresentado com apenas duas palavras. A mistura de ritmos e uma pitada de sensualidade dão ao novo CD o charme que Sílvia consegue manter desde o seu primeiro disco, em 2006.

A cantora parece ter amadurecido desde o primeiro disco de estúdio, Bomb of Love: música safada para corações românticos (2006) e do CD e DVD gravado ao vivo, em 2008, Eu não sou nenhuma santa.

Em Extravaganza, Machete consegue mostrar toda sua versatilidade com músicas que vão do rock ao calypso. A melancolia que existia em “Fim de Festa”, composta por Fabiano Krieger, desaparece quando surge a regravação de “Underneath The Mango Tree”, que fez parte da trilha sonora do filme 007 Contra o Satânico Dr. No, cantado em ritmo latino.

É nesse CD que Sílvia prova que tem (mesmo!) outros talentos. Além de cantar, tocar e apresentar diversos números circenses em seus shows, Sílvia também compõe. Prova disso são as canções “O baixo” – que faz comparações entre o instrumento e um homem, “Feminino Frágil”, composta em parceria com Erasmo Carlos e “Coração Valente”, da parceria entre Machete e Hyldon.

Toda a versatilidade de Sílvia Machete continua quando ela interpreta “A Cigarra”, gravada anteriormente por Mercedes Sosa e a tropicalíssima (na falta de outro adjetivo que possa dar melhor definição) “Tropical Extravaganza”, também de Fabiano Krieger.

Sílvia ousou ao escolher um repertório que vai de Itamar Assunção (com sua “Noite Torta”) à Monty Norman (“Underneath The Mango Tree). Ousou mas não errou. Com voz segura, arranjos bem produzidos e um repertório que dispensa comentários, Sílvia Machete e toda sua Extravaganza merecem ser destaque como um dos melhores discos de 2010.


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Notícias Populares

A convergência de mídias, cada vez mais presente no jornalismo dos dias de hoje, mostra uma nova face no jornalismo.

A captação da notícia, que, até pouco tempo atrás, era quase sempre limitada a uma das mídias (impresso, televisão, rádio ou on-line), vem se tornando uma atividade muito mais complexa e que tende a embaralhar as fronteiras entre os diferentes formatos jornalísticos e as fontes de notícias.

A figura do repórter multimídia vem acompanhada de pessoas que nunca estudaram para serem jornalistas e, no entanto, também são produtores de notícia: o repórter-cidadão.

A miniaturização dos equipamentos de apuração é grande aliada. Além das habilidades, ainda que amadoras, de armazenar as informações em dispositivos de áudio, vídeo, foto e texto. Outro instrumento que funciona para disseminar as notícias são os blogs. Hoje, qualquer pessoa pode se tornar fonte de notícias.

Pollyana Ferrari, jornalista e professora de webjornalismo, acredita ser importante que o “cidadão-repórter” tenha sua atividade profissional, até mesmo para ter propriedade para abordar um assunto de seu pleno domínio em uma reportagem. “É aquela história de médicos escrevendo sobre um novo tratamento para o câncer, professores falando de educação, arquitetos comentando questões de urbanismo… além, é claro, de todos transformando seu cotidiano em notícia”, diz.

Ainda assim, a professora não encara a participação dos cidadãos produzindo notícias como uma ameaça aos jornalistas. “O papel do Jornalista, o editor da notícia, continua o mesmo e vai continuar. Não vejo esta ameaça, que apavora centenas de colegas”, diz.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

As barrigadas da mídia

No jargão jornalístico, barriga é aquela notícia publicada com grande alarde na imprensa, sem o uso de má-fé, na intenção de noticiar o fato em primeira mão. A barriga pode trazer desgaste e descrédito ao veículo e ao repórter que noticiou o acontecimento. Para minimizar esses efeitos, recomenda-se que o veículo, logo que souber da verdade, volte atrás e faça uma retratação pública.


A última barriga da imprensa foi o caso de Paula Oliveira, suposta vítima de violência na Suíça. Verdade? É de conhecimento de todos que os brasileiros sofrem discriminação em todos os países onde estejam morando. Paula era mais uma brasileira vítima de tal situação.


O Jornal Nacional foi o primeiro a noticiar o terrível crime e, logo em seguida, todo o Brasil já estava sensibilizado com a barbárie cometida contra a advogada brasileira de 26 anos, grávida de gêmeos. Nos dias seguintes, o assunto era a principal notícia em todos os outros veículos de mídia, ganhando repercussão mundial.







O que ninguém imaginava é que tudo isso era mentira. O Jornal Nacional, assim que soube das novas versões do fato, tratou de mostrá-las. Mas, ainda assim, o caso de Paula Oliveira já entrou para a história do jornalismo brasileiro, ao ser considerado uma das maiores barrigas da história na imprensa nacional.


Assim como todas as notícias que atingem repercussão mundial por meio da imprensa, as barrigas também geram conseqüências para o país. Neste caso, envolvendo a Suíça, a notícia rendeu maus frutos tanto lá quanto aqui.

Jornal da Noruega noticiando o 'crime' contra a brasileira


muitos casos de barriga na história da imprensa brasileira. Mais recentemente, o país acompanhou uma grande “barrigada” da mídia. Em outubro de 2008, depois de mais de cem horas de seqüestro, alguns veículos divulgaram a morte de Eloá Pimentel, mantida em cativeiro por seu ex-namorado, Lindemberg Alves, no interior de São Paulo. A adolescente só viria a morrer horas depois da divulgação. Outro erro foi a informação de que os policiais invadiram o cativeiro depois dos disparos de Lindemberg, dentro do apartamento. A notícia, baseada nas informações da polícia, foi negada por Nayara Vieira, que também era mantida refém no momento da invasão.


O caso de Paula, certamente não será o último caso de discriminação de brasileiros no exterior. Talita Moreira, 24 anos, saiu do Brasil em 2005 e foi morar em Lisboa. A população imigrante que vivia em Portugal em 2006, era de 258 mil pessoas, ou seja, 7% do total de 3,6 milhões de habitantes. Lisboa abrigava 189 mil desses habitantes, dos quais 41 mil vinham de Cabo Verde, 28 mil do Brasil e 22 mil de Angola.


Talita percebeu a discriminação logo que chegou a Portugal. “Quando dizia que era brasileira, o único emprego que me ofereciam era o de prostituta”, conta. Ela ainda diz que os portugueses não gostam dos imigrantes, principalmente os brasileiros. “Os estrangeiros são muito bem vistos enquanto são turistas. Quando eles passam a ser moradores do país, a história é outra”, conta.


A jovem imigrante, que atualmente vive na Espanha, afirma que nunca sofreu nenhuma espécie de violência física durante todo o tempo que morou em Portugal. “Há vários tipos de violência que os imigrantes sofrem em outro país. Muitas vezes, os ataque que sofremos contra nossa alto estima podem ferir tanto quanto uma agressão física. É preciso muita estrutura psicológica para viver fora do seu país”, diz.


O que é preciso então para que a imprensa evite as barrigas? O jornalista Ruy Martins publicou, em artigo recente, a importância da investigação em casos como o de Paula. “Escrever num jornal, falar numa rádio ou numa televisão e mesmo manter um blog constitui uma responsabilidade social. Não se pode valer dessa posição para se difundir boatos, nem inverdades, nem ouvir-dizer, é preciso ir checar, levantar o fato, mencionar as dúvidas e suspeitas existentes”, escreve.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Crise econômica: quem ganha com ela?

O momento é delicado. Especulações vêm de todos os lados. A cada dia, uma notícia nova. Para o FMI, o estresse financeiro é um dos mais intensos já experimentados pelos EUA e se espalhou, afetando praticamente todos os países.

O Senado dos Estados Unidos aprovou uma nova versão do pacote de socorro financeiro para tampar o buraco da grande crise que o país enfrenta atualmente. O custo total foi ampliado de US$ 700 bilhões para US$ 850 bilhões.

A crise financeira é ambígua. Ao mesmo tempo em que provoca prejuízos, tem o poder de modificar relações e estruturas na economia mundial.

O maior temor é a escassez de empregos, o que pode ser a maior conseqüência da crise econômica mundial.
É difícil saber quem ganha com a situação.

As especulações financeiras dos comerciantes resultam em altas taxas de juros para os consumidores.

Quem ganha não se sabe, mas é fácil saber que o povo, mais uma vez, sai perdendo.

domingo, 5 de outubro de 2008

A violência pela tela da televisão

A programação da televisão destinada ao público infantil cresce a cada dia. Várias emissoras, de TV aberta ou a cabo, investem em programas específicos para as crianças.


Até aí, tudo bem. Nada mais normal do que as crianças assistirem os programas que foram feitos pensando especialmente nelas. O problema é que a televisão não é feita apenas de programas infantis e, muitas vezes, os pais não conseguem controlar o que os filhos vêem através da tela. O resultado é crianças que acompanham crimes,
assistem cenas em telenovelas e filmes, impróprios para a idade, tem acesso a uma série de informações que não lhe dizem respeito.


A precocidade com que as crianças têm acesso a algumas coisas por meio da televisão é a principal preocupação de alguns pais. A estudante Carolina Oliveira toma cuidado com o que sua filha, Thaís, de sete anos vê. “Como passo grande parte do dia fora de casa, perco um pouco do controle do que ela assiste na televisão”, conta.


Carolina percebe algumas diferenças no comportamento da filha em virtude das
informações. Ela conta que, na época que o caso da menina Isabella Nardoni era notícia em todos os programas, chamou a atenção de Thais, que estava conversando pela janela com a vizinha. “Quando disse pra ela ter cuidado, por que poderia cair, como aconteceu com a Isabella, ela me disse que a Isabella não caiu, mas que foi jogada”, conta.


Ela acredita que isso não acontece apenas com os telejornais. “Na minha infância, os desenhos eram diferentes. Os programas feitos para crianças preservavam a infância. Parece que as crianças de hoje estão querendo acelerar a infância e se tornarem logo adolescentes”, diz.


De fato, as crianças estão muito mais expostas à violência do que na década de 80. Talvez pelo crescente número da violência. O papel da mídia é divulgar aquilo que acontece e que é de interesse público. Se o que acontece são crimes, o que se espera é que a mídia se encarregue de dar cobertura a esses fatos. O problema é o grau de violência que cresce cada dia mais.



Thaís confessa que gosta dos desenhos animados que apresentam algum tipo de violência. “Gosto mais dos Power Rangers”, diz. A mãe se preocupa com isso e tenta desviar a atenção da filha para alguns acontecimentos. “Acho que a criança não precisa crescer alienada, em um mundo cor-de-rosa, onde só acontece coisa boa. Mas acredito que a infância possa ser preservada por mais tempo. Pra quê ela precisa saber de tantos casos bárbaros de violência através da televisão?”, questiona.


Um estudo realizado pela ONU em 1998 comprovou a idéia de Carolina. Naquela época, a cada 60 minutos, 20 crimes eram exibidos, totalizando quase mil e quinhentos crimes em uma semana. Já o estudo realizado pela USP, Desenho animado na TV: mitos, símbolos e metáforas, concluiu que os desenhos transmitem às crianças valores éticos e morais.


Leia também:
- A violência contra os idosos
- Violência contra a mulher
- Violência sexual
- Violência doméstica
- A violência contra as crianças

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